segunda-feira, 30 de julho de 2012


Tradição: Relacionamento a Distância – Parte 1


Que atire o primeiro dildo a lésbica que nunca teve um relacionamento a distância!!!
Ultimamente ando envolvida com relacionamentos a distância. Duas BFFs minhas[/momento puxa saco] estão namorando uma em cada canto do país e logo vão se ver pessoalmente pela segunda vez. Meu BFF hetero (só podia ser meu amigo mesmo) está num RAD. Eu já estive. Conheço lésbicas que estiveram também.
Definitivamente relacionamento a distância (RAD para simplificar minha vida) é uma questão-chave para entender o mundo lésbico. Mas, primeiramente, preciso explicar por que relacionamento a distânica é uma tradição lésbica e não algo comum no mundo hetero/gay.
"Oh, cruel destino, onde estará minha tchutchuquinha nesse exato momento?"

RAD Lésbico X RAD Hetero

Heterossexuais estão em todas as partes: ônibus, parques, filas de mercado, faculdadesque não sejam Letras ou Moda, bares, baladas. Você não precisa perder tempo pensando “Uhm, será que ele é hetero?”, você simplesmente pode assumir que a pessoa é hetero que raras vezes vai estar enganada. Há muitas opções para conhecer alguém, se paixonar, namorar, etc na heterolândia.
"O que uma gatinha como você faz perdida aqui nos Alpes Suiços?"
Eu acredito que não exista uma única alma gêmea no mundo para cada pessoa. Prefiro imaginar um conceito de compatibilidade amorosa. Você tem potencial para se apaixonar por várias pessoas (não estou dizendo ao mesmo tempo).
E por ter tantas opções, heteros acabam encontrando pessoas com compatibilidade amorosa que moram perto de si com mais facilidade.
Quando acontecem casos de RAD no mundo hetero, geralmente o casal já estava formado antes da separação geográfica. É o caso do meu bff hetero.

RAD Lésbico X RAD Gay

Sendo sincera, muitos homens gays não estão nem um pouco interessados em relacionamentos sérios. Os que querem, provavelmente não querem esperar semanas, ou meses, para ter sexo com os companheiros. Há pouca incidência de casos de relacionamento a distância entre gays, fato. [Aberto aqui para opinião de homens gays]
"Sempre haverá uma Montanha das Costas Quebradas para nós dois."

RAD Lésbico

Mulher, lésbica ou não, é por natureza um bicho que gosta de relacionamento. Se juntar duas mulheres, é o dobro de vontade de estar em um. Que sejam rápidos, mas que sejam relacionamentos!
Conhecer lésbicas pode ser uma tarefa árdua, como já comentei. Eu mesma conheço poucas na minha cidade e mantenho contato/amizade com menos ainda.
Vamos supor que você tenha sorte e conheça 4 lésbicas na sua cidade com quem você fala constantemente. Para uma delas ser sua princesa encantada, ela precisa ser linda, inteligente, divertida, não-cafajeste, solteira (de preferência… ou não) e ainda tem que ter compatibilidade amorosa contigo.
"...Ah! E ela precisa gostar de todos os meus 12 gatos também!!!"
(Nota: se você conhece uma lésbica linda, inteligente, divertida, não-cafageste e solteira (de preferência), mande e-mail para conselholesbico@hotmail.com com o perfil)
As chances de você conhecer uma lésbica com essas características são muito maiores em qualquer outra cidade que não seja a sua.
Por isso temos a seguinte equação:
E se você prefere acreditar em almas gêmeas ao invés da minha teoria de compatibilidade amorosa, quem te garante que sua alma gêmea não esteja nesse instante dançando frevo em Olinda? Ou tomando chimarrão no Rio Grande do Sul? Ou não-trabalhando na Bahia? Ou presa no trânsito em São Paulo? Ou fugindo de bala perdida no Rio de Janeiro? Ou fugindo de guepardos na África? Ou trabalhando em regime de semi-escravidão na China?
Sua alma gêmea está ali. A de rosa.
Ok, parei.

(CONTINUA…)

terça-feira, 17 de julho de 2012



Existe lésbica boazinha? – Parte 2


No post anterior já descobrimos que não há lésbica boazinha. E só-pra-me-contrariar surgiu comentários “eu sou boazinha”, mas ahã, acreditei. Garotas boazinhas não dizem que são boazinhas! É que nem uma regra que eu tenho de nunca, NUNCA, confiar em alguém que diga “pode confiar em mim”.
Agora nos resta saber por que diabos não existe lésbica boazinha. Pensei, refleti, flexionei e pensei mais um pouco e achei três teorias:

O Meio Nos Torna Assim

Quando estava em início de carreira lésbica, você, colega, era a pessoa mais boazinha do mundo. Só pensava na sua namorada, fazia de tudo para tentar agradá-la, dava toda a atenção para os dramas dela, se corrigia em coisas das quais ela não gostava muito em você… Enfim, você era uma alma pura, bondosa e ingênua. E sua namorada já era uma raposa felpuda do meio lésbico e já tinha certo passado. Mas você preferiu ignorar essas evidências e acreditar que as coisas entre vocês iriam dar certo. Mas elas não deram.
Então veio a segunda namorada e você pensou consigo: “vou ser mais boazinha, vou tentar melhorar e dessa vez vai dar certo.” Mas as coisas também não deram certo. Aí você chegou a conclusão que ser boazinha não adiantava na-da.
E você começa a reproduzir o comportamento bitch aprendido com suas namoradas. E começa a partir corações puros, bondoso e ingênuos também. E esse comportamento vai se reproduzindo, reproduzindo e reproduzindo igual pobre sem TV.
(Mas, se serve de consolo (cof), quem te tornou bitch também é uma vítima do sistema).

Lei da Oferta e da Procura

Você, colega, era originalmente boazinha. Não pegava ninguém só por pegar, não tentava fazer ciúmes para sua namorada, não pagava de pegadora no Facebook, ligava para a sua peguete quando dizia que ia ligar. Um anjo de candura!
Mas então um belo dia, sua namorada decide terminar com você. E ela certamente usou um discurso com algumas dessas frase:
-”O problema não é com você, é comigo”. (Essa frase é tão batida – inclusive no meio hetero – que existem as variantes como “eu não estou numa boa fase”, “eu não te mereço”, “não acho justo você se dedicar tanto a essa relação e eu não” e qualquer frase que ponha a culpa em quem está terminando);
-”Eu gosto de você. Mesmo. Mas não desse jeito.”
-”Se eu pudesse escolher, me apaixonaria por você. Mas a gente não manda no coração.”
E você tenta entender e se recompor do término.
Duas semanas depois você a vê com outra. E a vê sofrendo pela outra. Ela terminou o namoro com você, que era a boazinha da relação, para ser a boazinha da outra relação. E a nova namorada da sua ex é uma bitch de marca maior.
E você compreende que mulher gosta de mulher cafajeste. Daquelas que te fazem chorar três dias seguidos para te dar um presentinho no quarto (…”quarto” de “quarto dia”, claro) e você se sentir na nuvens com um pouco de atenção.
Logo, para você ter uma mulher nas suas mãos e poder manté-la por um tempo consideravel, você precisa virar bitch também. Você precisa se adaptar para sobreviver! [/Darwin Lamarck alguma teoria biológica]

Desprendimento dos Padrões Impostos Pela Sociedade

Quando você estiver voltando para seu lar com outra mulher e sua vizinha de 84 anos ver vocês duas juntas, não fará muita diferença se vocês estiverem de mãos dadas discutindo sobre terem filhos ou se estiverem se agarrando lascivamente.
Honey, a sociedade já te odeia por você ser lésbica. Não faz diferença se você for lésbica boazinha ou uma baita bitch.
Você pode sair por aí e piriguetiar à vontade e se bobear ainda sai com fama de pegadora. Agora, se você fosse hetero, sua fama ia ser de algo entre fácil e piranha-galinha-vaca-cachorra-llama-arara.
Talvez  uma dessas três teorias esteja certa, ou seja o conjunto ou talvez uma quarta teoria.
Claro que eu estou generalizando e talvez haja uma (ou até duas!) lésbica boazinha(maior de 18 anos), mas é FATO que a grande maioria não é.
O que vocês acham? Existe sim lésbica boazinha? Não existe? Por quê?

Existe lésbica boazinha? – Parte 1


Estava eu conversando com minha amiga  sobre como eu só conheci uma única guria nos últimos anos que fosse realmente, genuínamente boazinha. Do tipo fofa, que se preocupa, que seria incapaz de trair, que namoraria por 5 anos sem pensar que está desperdiçando a sua juventude. Mas, infelizmente, ela era hetero (passei um bom tempo me certificando disso) e que, portanto, não servia pra nada.
Foi então que minha amiga teve um surto reflexivo (ou sorte mesmo) e me fez uma pergunta sobre a qual eu nunca havia pensado seriamente:

“Você já conheceu alguma lésbica boazinha?”

(Simplesmente tentar achar uma foto para exemplificar uma lésbica boazinha já foi um parto.)

Eu não conhecia nenhuma lésbica realmente boazinha, nem mesmo amiga, contato de msn, Grupos do Facebook, NADA. Obviamente retribui a pergunta e a minha amiga também não conhecia.
Comecei então meu processo de entrevistas às fanchas amigas e ouvi cometários como:
-Não conheço.
-Conheço uma quase assim.
-Conheço um monte de mulher assim, mas é tudo hetero.
-Só você.
Sério, gente? Não há lésbicas boazinhas?
Confesso que uma das minhas divisões de mulheres é separá-las entre as boazinhas e as bitches (que possuem diversos níveis). Se não há lésbicas boazinhas, então eu chego a conclusão que todas as lésbicas são bitches de alguma forma.
Mas antes que alguém me mande para o inferno queimar em mármore barato, eu preciso explicar essas duas categorias (restringindo por sexualidade, of course):

Lésbicas Boazinhas

-Não trairiam. Se existissem, não teriam “uma outra”, nem seriam “a outra” de alguém – pelo menos conscientemente.
-Seriam meigas, carinhosas, atenciosas, simpáticas, bem-humoradas, altruístas e não agiriam assim só para conseguir sexo.
-Mais um monte de nhenhenhe e tudo o contrário das lésbicas bitches.

"Oi, eu sou fofa... e meu biquini está caindo..."

Lésbicas Bitches

-Traem.
-Pegam mulheres só pelo prazer de pegar, ou por que estavam sem fazer nada mesmo.
-Preservam um banco de reservas pronto pra entrar em campo assim que a titular não der conta do recado.
-Se fazem fofinhas, meigas, atenciosas, nhenhenhe puramente por terem segundas, terceiras (e se você bobear quartas) intenções.
-Odeiam e falam mal da ex da atual e da atual da ex.
-Quando são traídas, tentam dar o troco e de preferência de forma pouco discreta.
-Usam joguinhos e artimanhas pra conquistar. Conhece aquele “finge que não está interessada”?
-Omitem informações da namorada.
-Usam frases como “enquanto não acho a mulher certa, me divirto com as erradas”.
-Já fizeram algum tipo de lista de quem já pegaram. Todas as letras do alfabeto, estados do país, alguma característica nova… Ou simplesmente para saber o total. E se você precisa fazer uma lista para saber quantas pegou, minha amiga, você definitivamente está nessa categoria.
E não adianta vir com papo de que agora você está namorando e largou a vida bitch. Se você se identificou com algum tópico acima, mesmo que tenha sido há 24 anos atrás e seja só um tópico, você ainda tem bitchiness circulando nas suas veias.

You can't pray the bitch away
 Continua…

segunda-feira, 16 de julho de 2012


Lésbicas Assediadoras Nas ruas 



Eu estou indignada. Eu estou muito indignada. Aparentemente há uma orda de lésbicas sedentas atacando transeuntes heteros nas ruas.

As lésbicas estão atacando! As lésbicas estão atacando!
Hoje minha mãe veio me contar uma história no mínimo curiosa.
Minha madrinha, que é tia da minha mãe, estava andando inocentemente pelas ruas quando uma mulher a parou dizendo que gostaria de conversar. Minha madrinha estranhou, mas deixou a mulher falar:
Mulher-suspeita: O seu cabelo é permanente ou natural?
Madrinha: Natural.
Mulher-suspeita: Você só se relaciona com homens ou com mulheres também?
Seria legal eu poder dizer que minha madrinha respondeu “eu sou bi, gata” e foi com a mulher-suspeita, que provavelmente tinha alergia a permanente, para um motel logo em seguida, mas a realidade é um pouco diferente do que eu consideraria ideal.
Minha mãe sabe que eu sou lésbica, o que tornou essa conversa um pouco constrangedora para mim. Ela estava querendo insinuar alguma coisa me contando isso? Especulando se eu paro estranhas na rua com toda a minha promíscuidade lésbica natural?
Mas de início eu não acreditei muito na história da forma que ela foi contada.
“Ah, claro, mãe. Lésbicas ficam abordando mulheres nas ruas.”
Mãe: “Mas é verdade! Já aconteceu comigo também.”
Eu: “Como assim?”
Mãe: “Um dia eu estava na rua e uma mulher me parou para conversar. Eu até achei que fosse uma assaltante, mas a próxima coisa que ela disse é que me achou muito bonita.”
Nessas horas eu já estava com todo o caminho mentalmente traçado para desviar de mamis e chegar sã e salva no meu forte quarto.
Mãe: “Uma mulher esquisita…”
Eu: “Bonita pelo menos?” (maldita curiosidade…)
Mãe com tom meio-deboche-meio-chocada: “Por quê? O que você faria?”
Eu: “Depende do quão bonita ela seja. Nada.”
Depois que eu consegui escapar da minha mãe eu tive tempo para pensar no caso e ficar completamente indignada.
Lésbicas dando em cima de mulheres assim na rua? Onde já se viu? Isso só prejudica nosssa imagem perante a sociedade. Se uma lésbica dá em cima de uma mulher assim, essa mulher vai achar que todas as lésbicas são promíscuas. Blablabla visibilidade blablabla.

Nunca uma lésbica me assediou na rua!

Que absurdo! Qual o problema com essas lésbicas assediadoras? Minha madrinha foi assediada, minha mãe foi e eu não fui? Eu que sou a ovelha colorida da família? É para ficar revoltada! É para sair chutando tudo, queimando ônibus e jogando lixo reciclável em lixeira de orgânico.
Então eu comecei a pensar em hipóteses que explicassem por que uma lésbica nunca deu em cima de mim na rua mesmo com milhares de heteros sendo assediadas diariamente:
1- Eu quase nunca estou na rua.
1- Gaydar absurdamente ruim das assediadoras. Não basta estar errado, ele precisa estar completamente invertido: só apita para heterossexuais.
Quando eu contei a história da minha madrinha para uma amiga lésbica de outra cidade choramingando por ser excluída, ela me fez o favor de contar que na última semana ela foi assediada 4 vezes por 4 mulheres diferentes na rua. Ah, sim, obrigada pela informação!
Então, a não ser que o problema de gaydar seja com assediadoras da minha região, essa hipótese está descartada. Sobra só mais uma:
2- Essas ditas assediadoras na verdade são evangélicas radicais disfarçadas de lésbicas que estão tentando criar uma má imagem dando em cima de heteros por aí. Como elas têm medo que uma mulher dê corda para o flerte, elas não abordam lésbicas. Tudo se encaixa!

"Bom dia,senhora. Sou lésbica e gostaria de dizer que a senhora é muito gostosa. E meu amigo gay gostaria de ter uma palavrinha com o seu marido."
Então vocês já sabem: quando suas conhecidas heteros vierem com alguma história sobre fanchas as assediando nas ruas, faça um favor para a boa reputação lésbica e esclareça para elas que são evangélicas radicais disfarçadas.
E se você for uma lésbica assediadora de verdade, faça o favor de assediar as pessoas certas!
E se você é a lésbica que deu em cima da minha mãe, é melhor você desparecer da face da Terra antes que eu te encontre. Brincadeirinha… Mais ou menos.

sábado, 14 de julho de 2012


Tradição: Apaixonada pela melhor amiga





É, não adianta fingir que esse assunto não é contigo. Eu poderia apostar meu DVD Imagine Eu e Você Diamond Edition Extended que você já foi apaixonada pela sua melhor amiga.
"Nossa, ela tem as costas mais lindas que eu já vi!"
Entra ano, sai ano, gerações de lésbicas surgem e se perdem, mas as tradições da nossa comunidade se mantém firmes, fortes e  praticamente inalteráveis. E a paixão pela melhor amiga pode ser considerada a maior de todas as tradições no mundo lésbico, maior até mesmo que relaciomento a distância.
Imagine-se de volta no seu início de carreira. Você ainda acredita fialmente que sua vidasexual amorosa depende exclusivamente de homens. Mulheres para você se resumiam às suas parentes e às suas amigas.
Tudo lindo e perfeito na heterolândia!
Dentre as suas amigas, existe uma em especial. Vocês têm as mesmas idéias, se divertem juntas,  conversam por horas a fio mesmo sem muito assunto. Ela é uma pessoa divertida, inteligente, confiável e você adora estar perto dela.
Mas por forças cósmicas superiores, um belo dia você começa a reparar que além de divertida, ela tem o sorriso mais lindo e fofo do mundo. Que além de inteligente, ela é carinhosa com você. Que além de confiável, ela tem o melhor perfume do mundo.
E você começa a sentir vontade de estar sempre perto dela, de segurar a mão dela, de abraçá-la , de afofá-la, (entre outras coisas).

O QUE ACONTECE AGORA?

Uhm, não tenho boas notícias, colega. Agora que você sabe que quer dar uma promoção sentimental (de amiga para namorada) para sua best, você vai surtar – inevitavelmente.
Você ficará horas analisando a menor das atitudes dela: Será que ela me pediu um abraço porque está a fim de mim ou porque ela simplesmente é minha amiga? Será que ela me deu o braço como amiga ou como “hey-você-é-minha-mulher-e-eu-sou-sua-mulher”? Ela segurou na minha mão com segundas intenções? Ela escreveu aquele status no Facebook para mim?
No MSN dela está escrito "o sapo não lava o pé". Seria o ato de lavar o pé uma referência ao intercurso sexual e a podolatria? E o sapo uma referência icônica a sapatonice? ME AJUUUUDEM!
Além disso, outro comportamento comum que você terá será sofrer cada vez que um homem ou uma outra “amiga” amiga se aproximar dela. E você terá que ficar sofrendo em silêncio e aguentando sua paixão te perguntando depois o porquê do mau-humor.
Seu futuro será tenebroso, darling.

MAS POR QUE ESSA É UMA TRADIÇÃO LÉSBICA?

Talvez alguém aqui ainda ouse não reconhecer o hábito de se apaixonar pela melhor amiga como uma tradição tipicamente lésbica alegando que esse é um caso que também ocorre no mundo hetero. Aquela menina que se apaixona pelo melhor amigo, ou vice-e-versa. Sabe filminho americano?
Acontece que desde crianças, as pessoas tendem a fazer amizade com pessoas do mesmo sexo – o que acaba por tornar raridade um relacionamento íntimo de amizade entre um homem e uma mulher.
Além disso, há quadrilhões de heteros no mundo. Isso faz com que, por exemplo, um homem que tenha uma afinadade com uma amiga possa andar 3 passos e esbarrar em uma possível parceira, evitando assim drama com um possível relacionamento com a amiga.
Já com lésbicas…
1- Independente da sua orientação sexual, a socidade incentiva a amizade mulher+mulher e não vê com mau-olhos demonstrações de afeto entre elas;
Só não exagere senão você parecerá sapatão!
2- Mulheres, de forma geral, acabam dando mais valor a afinidade pessoal (e isso engloba muita coisa!) do que ao tamanho da bunda (ou do peito). Logo, se é para se apaixonar por uma mulher, não faz mais sentido ser por aquela mulher divertida, legal e inteligente com quem você adora conviver e conversar?
3- As lésbicas que se apaixonam pela melhor amiga são normalmente as que estão em ínicio de carreira, logo, elas estão num período de perturbação, insegurança e medo. Logo, elas se metem nessas furadas com mais facilidade.
Viu, tudo conspirando para você se apaixonar pela sua melhor amiga!


MAS POR QUE ESSA É UMA TRADIÇÃO MAIOR ENTRE LÉSBICAS INEXPERIENTES?

De alguma forma seu relógio biológico faz TRRRRR e você percebe que é hora de ser lésbica. Mas, guess what, você não conhece nenhuma lésbica. E não há sequer uma personagem lésbica na novela da 8 para te instruir.
Você não tem contatos. Você não sabe como esse mundo funciona. Você não sabe dar em cima de uma mulher. Você não pode se abrir para ninguém, com medo de sofrer preconceitos.
It's a lonely world for a lesbian.
É óbvio que você está fragilizada. E é óbvio que você quer experimentar com uma mulher. Então a melhor amiga está diante de você te oferecendo apoio, amizade, bons momentos.
Hey, por que não unir o útil (amizade) ao agradável (amor)?
Boa idéia!
Mas antes de chegar ao final do arco-íris, você terá que lidar com o drama…

CONTINUA…