Tradição: Relacionamento a Distância – Parte 1
Que atire o primeiro dildo a lésbica que nunca teve um relacionamento a distância!!!
Ultimamente ando envolvida com relacionamentos a distância. Duas BFFs minhas[/momento puxa saco] estão namorando uma em cada canto do país e logo vão se ver pessoalmente pela segunda vez. Meu BFF hetero (só podia ser meu amigo mesmo) está num RAD. Eu já estive. Conheço lésbicas que estiveram também.
Definitivamente relacionamento a distância (RAD para simplificar minha vida) é uma questão-chave para entender o mundo lésbico. Mas, primeiramente, preciso explicar por que relacionamento a distânica é uma tradição lésbica e não algo comum no mundo hetero/gay.
RAD Lésbico X RAD Hetero
Heterossexuais estão em todas as partes: ônibus, parques, filas de mercado, faculdadesque não sejam Letras ou Moda, bares, baladas. Você não precisa perder tempo pensando “Uhm, será que ele é hetero?”, você simplesmente pode assumir que a pessoa é hetero que raras vezes vai estar enganada. Há muitas opções para conhecer alguém, se paixonar, namorar, etc na heterolândia.
Eu acredito que não exista uma única alma gêmea no mundo para cada pessoa. Prefiro imaginar um conceito de compatibilidade amorosa. Você tem potencial para se apaixonar por várias pessoas (não estou dizendo ao mesmo tempo).
E por ter tantas opções, heteros acabam encontrando pessoas com compatibilidade amorosa que moram perto de si com mais facilidade.
Quando acontecem casos de RAD no mundo hetero, geralmente o casal já estava formado antes da separação geográfica. É o caso do meu bff hetero.
RAD Lésbico X RAD Gay
Sendo sincera, muitos homens gays não estão nem um pouco interessados em relacionamentos sérios. Os que querem, provavelmente não querem esperar semanas, ou meses, para ter sexo com os companheiros. Há pouca incidência de casos de relacionamento a distância entre gays, fato. [Aberto aqui para opinião de homens gays]
RAD Lésbico
Mulher, lésbica ou não, é por natureza um bicho que gosta de relacionamento. Se juntar duas mulheres, é o dobro de vontade de estar em um. Que sejam rápidos, mas que sejam relacionamentos!
Conhecer lésbicas pode ser uma tarefa árdua, como já comentei. Eu mesma conheço poucas na minha cidade e mantenho contato/amizade com menos ainda.
Vamos supor que você tenha sorte e conheça 4 lésbicas na sua cidade com quem você fala constantemente. Para uma delas ser sua princesa encantada, ela precisa ser linda, inteligente, divertida, não-cafajeste, solteira (de preferência… ou não) e ainda tem que ter compatibilidade amorosa contigo.
(Nota: se você conhece uma lésbica linda, inteligente, divertida, não-cafageste e solteira (de preferência), mande e-mail para conselholesbico@hotmail.com com o perfil)
As chances de você conhecer uma lésbica com essas características são muito maiores em qualquer outra cidade que não seja a sua.
Por isso temos a seguinte equação:
E se você prefere acreditar em almas gêmeas ao invés da minha teoria de compatibilidade amorosa, quem te garante que sua alma gêmea não esteja nesse instante dançando frevo em Olinda? Ou tomando chimarrão no Rio Grande do Sul? Ou não-trabalhando na Bahia? Ou presa no trânsito em São Paulo? Ou fugindo de bala perdida no Rio de Janeiro? Ou fugindo de guepardos na África? Ou trabalhando em regime de semi-escravidão na China?
Ok, parei.
































